Sífilis

08/05/2014 11:27

Sífilis (cancro duro) é uma doença sexualmente transmissível (DST), infecto-contagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum. Acomete todo o organismo e tem evolução lenta, com períodos de manifestação aguda e períodos de latência (sem manifestações).

Se não for tratada em suas fases iniciais, a Sífilis pode comprometer todo o organismo, principalmente pele, olhos, ossos, coração e sistema nervoso.

A Sífilis é dividida em Primária, Secundária e Terciária​, de acordo com a sua evolução. A Sífilis Congênita ocorre quando a doença é transmitida da mãe para o feto.

Sífilis Primária

A Sífilis Primária caracteriza-se como uma lesão ulcerada (cancro) que causa pouca ou nenhuma dor, geralmente única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com secreção líquida, transparente e escassa.

Na mulher, pode surgir nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero, enquanto que no homem a doença pode ocorrer na glande e no prepúcio.

A úlcera é acompanhada de ínguas nas virilhas que não causam dor e aparecem 2 ou 3 semanas após a relação sexual, sem proteção, com a pessoa infectada.

Após 3 a 4 semanas, a ferida desaparece espontaneamente sem deixar cicatriz, dando ao indivíduo a falsa impressão e estar curado.

Sífilis Secundária

Se não for tratada, a Sífilis evolui para a fase secundária, após 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. A fase secundária caracteriza-se pela disseminação da bactéria pelo organismo.

Surgem manchas avermelhadas na pele por todo o corpo, inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés, acompanhadas de febre, dor de cabeça, dor de garganta, falta de apetite, mal-estar e ínguas.

Os sintomas nessa fase também desaparecem sozinhos, dando novamente à pessoa infectada a falsa ideia de cura. A partir da fase secundária, a Sífilis pode ficar latente (sem sintomas) por um longo período e evoluir para a fase terciária.

Sífilis Terciária

A fase terciária da Sífilis caracteriza-se por manifestações severas nos órgãos comprometidos. Pode causar meningite, paralisia de nervos e obstrução nos vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral (AVC).

A doença afeta a medula espinhal, provocando perda de reflexos e da sensibilidade dos membros, podendo levar à paralisia. No sistema cardiovascular, a Sífilis compromete o trabalho das válvulas cardíacas e pode lesar grandes artérias como a aorta.

Sífilis Congênita

A Sífilis Congênita é transmitida da mãe infectada para o feto, podendo causar aborto ou más formações. A maioria dos sintomas se manifestam nos primeiros meses de vida do bebê, com pneumonia, feridas no corpo, cegueira, perda da audição, problemas nos ossos, e comprometimento neurológico.

Formas de Contágio

  • Relação sexual (vaginal, anal e oral);
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para o bebê, durante a gestação ou no parto.

Prevenção da Sífilis

  • Usar camisinha em todas as relações sexuais;
  • Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a);
  • Pré-natal (Sífilis Congênita).

Tratamento da Sífilis

A Sífilis tem cura e o tratamento é feito com antibióticos. Porém, os danos que a infecção pode provocar nos órgãos podem ser irreversíveis.